O Salmo primeiro fala das bem-aventuranças das quais os justos podem usufruir, também de seu paralelo oposto é verdadeiro – os temas ruins que acontecem ao longo de todos os salmos.
Como na maioria dos salmos, os poetas sacros denunciam a injustiça como padrão moral, os poetas veem a prosperidade dos ímpios e a opressão sobre os justos.
No meio desse sistema amalignado que serve como trilhos para o “trem deste mundo”, lá dentro estão os justos, pois o Mestre pediria ao Pai que não os tirasse dele, mas que os guardasse do maligno e essa certeza nós temos.
Sim… segue o justo deitado na confiança da verdade absoluta, acima da mediocridade que muitas vezes tenta embaraçar seu próprio coração.
I. CONVERSÃO e TRANSFORMAÇÃO
Curiosamente aquele que tudo podes, o Eterno, não nos proveu a conversão da alma, antes a subjugou ao processo de “transformação”.
Ao passo que nosso espírito sofre uma conversão genuína habilitando nosso ser para ouvir e receber diretamente de Deus, nossa alma ainda tem uma trajetória ferrenha pela frente.
Ora, não teria muito sentido se todas as partes de nosso ser (espírito, alma e corpo), recebessem instantaneamente uma mudança radical – isso me pareceria mais “robôs espirituais” do que pessoas que se tornaram “filhos de Deus” por meio de Cristo.
Deus tem seus motivos e o que Ele faz é por um motivo lógico e necessário que muitas vezes nos estão encobertos. Ele decidiu que o nosso espírito iria se converter, nascer novamente num piscar de olhos, porém que nossa alma deveria iniciar um processo de transformação.
Romanos 12.2 “… transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” – É esse processo que torna a caminhada emocionante e com oportunidades para provar nosso empenho em entrar no Reino de Deus.
II. ATRIBUTOS DA ALMA
Entre as falas do poeta salmista, ele diz que o justo tem prazer na Lei do Eterno. Ora, a natureza humana como inimiga de Deus, só teria prazer pela “vontade” e isto é um atributo da alma humana.
A vontade não é movida por emoção e sim por um “querer da alma“. A alma QUER e por isso coloca sua VONTADE para produzir PRAZER. Nossa “vontade” a respeito das coisas do Eterno sempre deve estar acima dos sentimentos.
Os sentimentos são por si só grandes aliados ou terríveis inimigos – depende muito para que lado eles estão pendendo. E compreensivelmente os sentimentos a favor e contrários emanam de um mesmo lugar e sabemos disso.
Os sentimentos nos levam instintivamente como uma carro que perdeu o freio e está na banguela, mas a vontade é algo que determina o rumo em que deveremos ir e em qual velocidade estaremos.
Temos que ter vontade para ter prazer na Lei do Senhor. É a vontade (força da alma) que deve dirigir nosso prazer (emoção) para seguirmos amando a Lei do Senhor justa, pura e boa.
Este artigo contribui muito para o bem daqueles que amam a Deus, a Jesus Cristo, Nosso Senhor e Nosso Salvador, porque amplia o entendimento da Palavra e nos faz compreender a nós mesmos diante do Criador e da humanidade. Obrigada.